quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Dói no povo a dor do universo 

Chibata, faca e corte 


Miséria, morte 


Sob o olhar irônico 


De um Deus inverso 


Uma dor que tem cor 


Escorre na pele e na boca se cala 


Uma gente livre para o amor 


Mas os pés fincados na senzala. 

Dói na gente a dor que mata 


Chaga que paralisa o mundo 

E sob o olhar de um Deus de gravata... 


Doença, fome, esgoto, inferno profundo. 


Dor que humilha, alimenta cegueira 


Trevas, violência, tiro no escuro 


Pedaço de pau, lar sem muro 


Paraíso do mal 


Castelo de madeira. 


Oh! Senhores 


Deuses das máquinas, 


Das teclas, das perdidas almas. 


Do destino e do coração! 


Escuta o homem que nasce das lágrimas 

Do suor, do sangue e do pranto, que vem e vai no chão.

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